sexta-feira, 11 de junho de 2010

Amor Familiar ,


O que eu vi em você? Vamos, me diga. Você não é o garoto mais bonito da escola, nem o mais legal, nem o mais popular. Você é como qualquer garoto da sua idade, então eu fico pensando, porque você? Porque não outro garoto qualquer? Era um jogo com vários garotos, uns bonitos e outros feios, uns irritantes e outros legais, mas o curioso é isso: eu olhei só pra você, apenas para você. Naquele instante, você me deixou confusa com a minha própria vida, e com minhas próprias escolhas.
Há muitas coisas que eu queria realmente saber de você e não faço a menor ideia. Coisas comuns e insignificantes. Isso é meio idiota não é? Já que você e eu somos de quase o mesmo sangue. Não sei se sou mais baixa que você, não sei se você usa aqueles perfumes masculinos que chegam a encantar qualquer mulher, não sei como é o seu abraço, o seu beijo, ou qualquer outra coisa.
Só o que eu sei é que eu adoro ver você jogando futebol, que me irrita o fato de você ser tão molenga no recreio apenas pra não suar, e me encanta o seu cabelo que, num determinado cumprimento, que infelizmente encurtou atualmente, se bagunça todo enquanto você corre. Que você tem uma letra mais bonita que a minha. Que você age normal e amigavelmente com qualquer pessoa, com qualquer garota, mas comigo você é tão fechado, tão tímido, tão ‘nem aí’. Que você consegue ser mais estudioso que eu, e pisar na bola mais vezes que eu também. Que você corre atrás do que você quer, insiste e luta.

Eu acredito plenamente que você preferiria não me ter de modo algum do que uma amiga ou familiar, ou qualquer outra coisa. Mas se eu te incomodo tanto pra chegar a ser bloqueada num misero MSN, então eu realmente gostaria que você me dissesse quando e o quanto eu estou sendo chata e irritante, pra eu poder cuidar isso. Mas você não tenta, você não quer, e eu ainda não sei se é certo ou errado eu ficar insistindo nisso, pois eu me sinto tão idiota, a única idiota na história que esta tentando fazer alguma coisa, que esta teimando com você até que me aceite pelo menos como sua amiga, porque é a única coisa que eu posso ter de você, sua amizade, e se você me tira isso, então...então meu coração se quebra.

Então por favor, me de uma chance. Se é ela, aquela garota que você chama de namorada, que te faz feliz de verdade, que te tira o sono, que te faz sentir tudo o que eu sinto por você, então tudo bem. Mas me de a chance da sua amizade, é a única coisa que eu peço. E então, se algum dia aquela garota te magoar, quando você cair e ninguém vir te ajudar, eu vou estar lá, do seu lado. Eu sei que não sou a melhor pessoa pra te consolar, sei que eu devia era estar rindo da sua cara enquanto você sente tudo aquilo que eu sinto quando você me despedaça, mas eu vou estar lá só pra te consolar. Sabe por que? Porque eu realmente gostaria que alguém tivesse vindo até mim quando eu estava ao chão e me desse a mão, me puxasse pra cima e me abraça-se. Porque, afinal é pra isso que servem os amigos.

E se um dia você estiver bem de novo, e quiser se afastar de novo, achar o amor em outro alguém, eu vou deixar. Porque já é difícil viver sabendo que o que eu sinto é tão intenso e ao mesmo tempo tão proibido, tão repugnante pros outros. E eu não quero que você viva assim. Seja normal, se apaixone por estranhas, case e viva feliz. E talvez um dia eu esqueça toda essa bobagem que é esse amor, e seja feliz também, nos braços de outro alguém, um comum e completo estranho.

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