O que eu vi em você? Vamos, me diga. Você não é o garoto mais bonito da escola, nem o mais legal, nem o mais popular. Você é como qualquer garoto da sua idade, então eu fico pensando, porque você? Porque não outro garoto qualquer? Era um jogo com vários garotos, uns bonitos e outros feios, uns irritantes e outros legais, mas o curioso é isso: eu olhei só pra você, apenas para você. Naquele instante, você me deixou confusa com a minha própria vida, e com minhas próprias escolhas.
Há muitas coisas que eu queria realmente saber de você e não faço a menor ideia. Coisas comuns e insignificantes. Isso é meio idiota não é? Já que você e eu somos de quase o mesmo sangue. Não sei se sou mais baixa que você, não sei se você usa aqueles perfumes masculinos que chegam a encantar qualquer mulher, não sei como é o seu abraço, o seu beijo, ou qualquer outra coisa.

Eu acredito plenamente que você preferiria não me ter de modo algum do que uma amiga ou familiar, ou qualquer outra coisa. Mas se eu te incomodo tanto pra chegar a ser bloqueada num misero MSN, então eu realmente gostaria que você me dissesse quando e o quanto eu estou sendo chata e irritante, pra eu poder cuidar isso. Mas você não tenta, você não quer, e eu ainda não sei se é certo ou errado eu ficar insistindo nisso, pois eu me sinto tão idiota, a única idiota na história que esta tentando fazer alguma coisa, que esta teimando com você até que me aceite pelo menos como sua amiga, porque é a única coisa que eu posso ter de você, sua amizade, e se você me tira isso, então...então meu coração se quebra.

E se um dia você estiver bem de novo, e quiser se afastar de novo, achar o amor em outro alguém, eu vou deixar. Porque já é difícil viver sabendo que o que eu sinto é tão intenso e ao mesmo tempo tão proibido, tão repugnante pros outros. E eu não quero que você viva assim. Seja normal, se apaixone por estranhas, case e viva feliz. E talvez um dia eu esqueça toda essa bobagem que é esse amor, e seja feliz também, nos braços de outro alguém, um comum e completo estranho.
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